Tema Verde. A gentileza é verde.

Há quem carregue água engarrafada na bolsa para dar alívio às árvores sedentas do meio do caminho.Há quem dê novo e nobre uso ao que iria para o lixo ou para o limbo. Há os que combatem o efeito cinza das cidades de concreto, colorindo espaços de convivência. Há quem por compaixão, cuide de animais abandonados mais até do que de si. Há também os que criam dispositivos lúdicos a serviço da troca e do encontro. E há ainda os que acendem fogueiras para dar vazão, em tempo real, ao compartilhamento de histórias e memórias. Em comum, o princípio da gentileza como sentimento e atitude capazes de reorientar o mundo e as relações humanas. Em pauta, gestos mínimos de intensidade máxima capazes de gerar mais e mais gentileza.

meu olho anda.

Onde estão as rédeas do pensar? o corpo, controlo, com dificuldades... freio. eu, ando, sempre a querer, um processo ou outro. eu ando querendo ser doce contigo. eu ando querendo teu riso ao meu redor. eu ando querendo uma noite de novo. eu ando querendo suar daquele tanto, sentir daquele tanto eu ando com preguiça demais de não te pensar um pouco perto. eu ando me sentindo demais longe dos teus risos. eu ando formatando a minha solidão. eu ando agindo por cores. eu ando com coragem de sobra. eu ando sentindo música de muito. eu ando gentil nas esquinas. ando sem lenço, com documentos velhos. eu ando sugando todos os azuis. eu ando cheia de azuis. eu ando escrevendo o que ando colhendo. eu ando avistando algumas semelhanças do mundo contigo. eu ando falando com plantas. eu ando com a impressão se dias últimos, de tanto amor que ando dando. eu ando cheia de nomeações. eu ando sem chorar à algum tempo. eu ando estúpida com tais generosidades. eu ando com uma tal preguiça de novos afetos. eu ando pensando: "acho que te quero, uma vez ou outra" eu ando desencantando conceitos. eu ando purista por lua, ao extremo. eu ando de circo e de roça. eu ando facista em assuntos tais. eu ando me querendo sensual. eu ando me fazendo social. eu ando de prosas e farsas. eu ando toda colorida. eu ando ao ritmo do carimbó. eu ando pisando no barro. eu ando cheia de teorias. eu ando cheia de receitas. eu ando plantando pessoas. ando colhendo o caos. eu ando olhando. meu olho anda.

Azul.

Minha lida

que explode em vida e dúvida

O que serádo que vai ser quando crescer?

Que passe e não desperceba

o que passou em prece

Mais saiba que em rijo peito padece.

Tranqüila em mundo de contrações

espera a Vida imatura, "in Nata"

Na angustia do bem em adesões (por precauções)transtornosprevias indagações !?!?!?

Jairo Galvão (à Vida in bucho)

O mar sopra pecado em meu rosto

e seca meus olhos com sal(meus sonhos são rostos sem donos.)

O mar dança em minha veia solta mensagens do passado,

como janelas acesas na metrópoleda minha pátria confusa.

Sou a voz no escuropousando o transcedentenos olhos céticosdo amor que eu vivi.

Tudo acontece na tv a caboe sem minha autorização

Meu remédio me envenaem cada amor que eu invento.

Nestes dias intoxicados de violência jogo o corpo seco no mar como poemas para Iemanjá.

Azul. OOOo

Que subtilezas coloridas se escondem por detrás de um pôr-do-sol?

No princípio era o olho. Um olho. Esquerdo ou direito? Duas versões, duas hipóteses. Qual a sua conclusão? azul. Ooo